Após o cancelamento de uma seleção com 852 vagas temporárias, o Ministério da Saúde está em vias de autorizar um novo concurso público ainda este ano. A proposta está sob análise do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), que é responsável por aprovar concursos federais. Fontes governamentais declaram que a autorização do concurso é uma prioridade até o final de 2024, embora o número de vagas e as cargas ainda não tenham sido divulgadas.
Em 2023, o Ministério da Saúde recebeu autorização para 200 vagas efetivadas, que foram incluídas no Concurso Nacional Unificado (CNU). As provas para essas vagas foram realizadas em agosto deste ano. As oportunidades eram para a carga de tecnologista, que exigem nível superior e, em algumas especialidades, formação específica, como em Tecnologia da Informação (TI).
A carga de tecnologista do Ministério da Saúde oferece um salário inicial de R$ 6.662,68, composto por um salário básico de R$ 5.211,48 e uma Gratificação de Desempenho de Atividade de Ciência e Tecnologia (GDACT) de R$ 1.451,20. Os novos concursados, via CNU, deverão ser alocados em secretarias como Vigilância em Saúde e Ambiente, Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo Econômico-Industrial da Saúde, e Atenção Especializada à Saúde e Atenção Primária à Saúde.
Enquanto aguarda a autorização de mais efetivas, o Ministério da Saúde tem suprido suas necessidades de pessoal por meio da contratação de temporários, bolsistas e consultores. No primeiro semestre deste ano, um processo seletivo para 852 vagas temporárias foi aberto, mas acabou sendo cancelado. A pasta prometeu elaborar um novo edital, que será amplamente divulgado para garantir a participação dos interessados.
As vagas temporárias foram distribuídas entre o Distrito Federal e os estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Pará, para diversas cargas de nível superior. Os contratos têm duração de um ano, com possibilidade de prorrogação, desde que o prazo total não exceda cinco anos.
A ausência de concursos para a substituição de mão de obra especializada foi destacada como uma ameaça no Planejamento Estratégico do Ciclo 2024-2027 do Hospital Federal de Bonsucesso, no Rio de Janeiro. A abertura de concursos públicos para servidores públicos é uma demanda antiga dos hospitais federais do Rio de Janeiro, que enfrenta um déficit pessoal significativo.
Em maio deste ano, os servidores dos hospitais federais do Rio de Janeiro iniciaram uma greve, reivindicando, entre outras coisas, a abertura de um concurso pelo Ministério da Saúde. Sidney Castro, diretor do Sindsprev RJ, destacou a carência de cerca de 12 mil funcionários na rede, incluindo administrativos, assistentes sociais, enfermeiros, médicos e psicólogos, evidenciando a necessidade urgente de um concurso com uma oferta expressiva de vagas.