Na tarde de segunda-feira, 23 de setembro, um homem foi detido em flagrante em Lages, na Serra Catarinense, por atuar ilegalmente como médico. A prisão ocorreu enquanto ele tentava realizar um plantão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, sendo identificado pela Polícia Civil.
O suspeito, que não possui formação em Medicina, já havia sido realizado plantões em um hospital infantil, utilizando o nome e o registro profissional de um médico registrado no Conselho Regional de Medicina (CRM) de São Paulo. Essa prática alegadamente suspeitas e levou a uma investigação mais aprofundada.
As investigações revelaram que o homem estava envolvido em outros casos de estelionato e falsidade ideológica. Ele foi formalmente acusado de exercício ilegal da medicina e estelionato, crimes que podem acarretar graves prejuízos.
O exercício ilegal da medicina é um crime previsto no artigo 282 do Código Penal brasileiro. Ele ocorre quando uma pessoa sem a devida formação ou registro atua como médico, consultas, diagnósticos ou tratamentos, colocando em risco a saúde dos pacientes.
Dr. Samir Coelho, advogado e CEO da GRS – Defesa Médica, destacou os perigos dessa prática. “A pena para esse tipo de crime varia de seis meses a dois anos, podendo incluir multa se houver intenção de lucro. Um falso médico não possui o conhecimento necessário, o que representa um risco significativo para os pacientes”, explicou.
A prisão do falso médico em Lages ressalta a importância de uma fiscalização rigorosa nas instituições de saúde para garantir que todos os profissionais atuantes estejam devidamente analisados e registrados. Casos como este evidenciam a vulnerabilidade do sistema de saúde, as fraudes e a necessidade de medidas preventivas.
A Polícia Civil continua as investigações para identificar possíveis cúmplices e outras vítimas do esquema. A comunidade médica e a população em geral são alertadas para ficarem atentas a qualquer atividade suspeita e denunciarem irregularidades às autoridades competentes.
Este caso serve como um lembrete da importância da ética e da responsabilidade na prática médica, reforçando a confiança da população nos profissionais de saúde devidamente acompanhados e registrados.