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Medicina no Brasil Notícias > Blog > Saúde > Estudo aponta prescrição excessiva de bombinha para asma no Brasil
Saúde

Estudo aponta prescrição excessiva de bombinha para asma no Brasil

Oleg Volkov
Oleg Volkov 28 de maio de 2024
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Um estudo publicado recentemente com dados coletados em cinco locais entre as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, em serviços públicos e privados, indica que o uso excessivo de beta2 agonista de curta duração (SABA), conhecida popularmente como bombinha, aumenta o risco de asma não controlada e de exacerbações graves da doença, trazendo sérios prejuízos à saúde. Estima-se que existem aproximadamente 20 milhões de pessoas asmáticas no Brasil atualmente. A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que resulta em episódios de dificuldade respiratória, chiado e aperto no peito, tosse e respiração curta e rápida.

Os dados isolados da publicação Brasil fazem parte do programa global SABA use IN Asthma (SABINA) no País, patrocinada pela biofarmacêutica AstraZeneca. Ele é o primeiro estudo a analisar as práticas de prescrição de SABA e uso indiscriminado do medicamento. O resultado fornece informações valiosas a respeito dos hábitos de prescrição de medicamentos para asma na atenção especializada no país. No geral, os achados mostram uma demanda não atendida sobre a necessidade de mais educação sobre o caráter inflamatório da doença, os diferentes tipos de gravidade, e as novas opções terapêuticas disponíveis no mercado, como é o caso dos imunobiológicos. O estudo ainda tem como grande destaque o fato de que a prescrição excessiva de SABAs é uma área de notável preocupação no Brasil.

Após a análise de 218 pacientes asmáticos foi concluído que a prescrição excessiva é comum no Brasil e, possivelmente, leva à necessidade de uso de corticosteroides orais, que quando usados de forma intermitente ou crônico podem trazer risco de eventos adversos importantes. Do total de pacientes avaliados, 80,3% receberam prescrição de SABA além da terapia de manutenção, com uma média de 11,2 frascos do medicamento nos 12 meses anteriores. Destes, 71,4% receberam prescrição igual ou maior a 3 frascos e 42,2% receberam prescrição igual ou maior a 10 frascos2, corroborando com estudos anteriores sobre o uso excessivo de SABA e desfechos clínicos desfavoráveis: >3 frasco/ano associado a um aumento no risco de exarcebações e >12 frasco/ano maior risco de mortalidade.

Além da prescrição excessiva, há outro problema: altas taxas de compra de SABAs sem receita médica no País. Do total de participantes do estudo, 14,2% relataram que compraram o medicamento sem receita médica. Destes, 48,4% compraram 3 ou mais frascos de SABA. Por fim, 49,1% dos pacientes em tratamento com SABAs apresentaram uma ou mais exacerbações graves da doença2.

Marcelo Rabahi, Professor de Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás e um dos pesquisadores do estudo, destacou a importância de conscientizar os profissionais de saúde e os pacientes sobre o uso adequado desses medicamentos: “Os resultados desse estudo são preocupantes e revelam um padrão de prescrição de SABAs que foge às recomendações estabelecidas pela literatura médica. O uso excessivo desses medicamentos pode levar a uma falta de percepção da gravidade da doença e, o que é ainda mais alarmante, à necessidade de tratamentos mais agressivos com corticosteroides orais. É essencial que os profissionais de saúde estejam atentos a essas questões e sigam as diretrizes clínicas recomendadas para o tratamento da asma”, ressalta.

Desde 2019, o Comitê Diretivo da Iniciativa Global pela Asma (GINA) recomenda o uso do broncodilatador associado a corticoide inalatório4. Em 2020, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) também recomendou, por questões de segurança, que não se usasse a monoterapia com SABA para o tratamento da asma. Essa decisão baseou-se no acúmulo de evidências que a monoterapia com SABA aumenta o risco de crises de asma. Por sua vez, o uso combinado a corticoides inalatórios reduz esse risco.

Dados provenientes de um banco nacional mostram que as mortes pela doença estão crescendo no Brasil. Em 2021, morreram 2.488 pessoas em decorrência da asma, o que equivale a 7 óbitos por dia. Além disso, foram registradas no mesmo período mais de 120 mil internações hospitalares em decorrência da doença. “É imperativo reconhecer a urgência de aumentar a conscientização sobre a asma e aprimorar as opções de tratamento e manejo da doença no Brasil. Somente através da educação e acesso a terapias eficazes podemos transformar a realidade da asma, garantindo uma vida saudável e plena para todos os afetados por essa condição.”, reforça Marcelo Rabahi.

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