A educação infantil representa uma etapa decisiva para o desenvolvimento das crianças, sendo responsável por estabelecer as bases cognitivas, emocionais e sociais que irão acompanhar o indivíduo ao longo da vida. De acordo com Kelsem Ricardo Rios Lima, profundo conhecedor das dinâmicas educacionais contemporâneas, o brincar deve ser compreendido como um dos pilares fundamentais dessa fase, pois é por meio da ludicidade que a criança aprende a se expressar, interagir e construir conhecimento de forma significativa.
É importante destacar que a educação infantil não se limita ao ensino de conteúdos formais, mas envolve o acolhimento integral da criança, com atenção ao seu ritmo, às suas emoções e à sua capacidade de explorar o mundo ao redor. Nesse contexto, o brincar deixa de ser apenas uma atividade espontânea e passa a exercer papel estruturante no processo pedagógico. Quando bem orientado, o ato de brincar se transforma em ferramenta de aprendizagem, fortalecendo a curiosidade natural, o senso de descoberta e o desejo de conhecer.
O brincar como eixo central da educação infantil
Na educação infantil, o brincar deve ser encarado como linguagem primordial da criança. É através da brincadeira que ela vivencia papéis sociais, elabora sentimentos, compreende regras de convivência e exercita a imaginação. Conforme ressalta Kelsem Ricardo Rios Lima, o ato de brincar estimula habilidades como coordenação motora, pensamento lógico, criatividade e empatia, aspectos essenciais para a formação integral do ser humano.
As atividades lúdicas, especialmente quando bem planejadas por educadores, possibilitam que temas complexos sejam introduzidos de forma acessível e prazerosa. Jogos simbólicos, construções com blocos, contação de histórias e brincadeiras de faz-de-conta não apenas divertem, mas também ensinam. Através dessas experiências, a criança desenvolve sua autonomia e aprende a lidar com desafios, erros e frustrações, o que a prepara para as próximas etapas da vida escolar e pessoal.
A mediação do adulto e a construção de ambientes estimulantes
Embora o brincar seja uma manifestação natural da infância, seu valor educativo depende diretamente da mediação do adulto. Educadores e familiares desempenham papel crucial ao oferecer espaços seguros, acolhedores e ricos em estímulos. Cabe a eles observar atentamente as interações, propor desafios adequados e garantir que cada criança tenha liberdade para explorar e experimentar, sempre respeitando seus tempos e interesses.

Segundo Kelsem Ricardo Rios Lima, ambientes planejados com intencionalidade pedagógica favorecem experiências mais ricas e profundas. O uso de materiais diversificados, como tintas, livros, instrumentos musicais, jogos e elementos da natureza, amplia as possibilidades de aprendizagem e fortalece a relação entre o brincar e o conhecimento. Além disso, a interação com outras crianças em contextos colaborativos promove valores como respeito, solidariedade e resolução pacífica de conflitos.
No ambiente familiar, o brincar também precisa ser valorizado. Brincar com os filhos, proporcionar momentos de convivência descontraída e estimular a criatividade são atitudes que contribuem significativamente para o desenvolvimento afetivo e social. Quando a família reconhece o valor pedagógico do brincar, ela se torna aliada fundamental do processo educacional iniciado na escola.
Brincar é aprender: um compromisso com o futuro
Investir em uma educação infantil de qualidade exige que o brincar seja tratado como elemento central e não acessório. Isso significa garantir políticas públicas que priorizem espaços adequados, formação continuada de professores e valorização da infância em sua totalidade. Para Kelsem Ricardo Rios Lima, o reconhecimento do brincar como direito da criança é também um compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, empática e preparada para os desafios contemporâneos.
Ao permitir que as crianças brinquem livremente, com intencionalidade e respeito, estamos promovendo não apenas o desenvolvimento individual, mas também plantando as sementes de um futuro mais humano e consciente.
Autor: Oleg Volkov